sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Festival Transborda de Artes Transversais e Congresso Mineiro


O Transborda realmente mexeu com a vida de todos que passaram por lá, principalmente daqueles que saíram do lugar de apenas observadores e fizeram parte daquilo de alguma forma.  E o Colcheia está dentro desse grupo! O coletivo foi representado pela Ana Paula, Marcão, Marina e Raíssa, que participaram de todas as atividades do festival e do Congresso Regional Fora do Eixo, que aconteceu paralelamente. 


O congresso e o festival serviram de retrato de como a cooperação traz resultados muitas vezes inesperados. Integrantes dos 16 coletivos mineiros presentes conviveram de forma intensa e foi incrível perceber a empatia que pairava no ar -  mesmo sem nunca terem se visto pessoalmente (antes éramos apenas avatares e mais avatares!) as pessoas mostravam afetividade e afinidade de interesses e ideais. Foi recompensante e estimulante ver que o trabalho que começamos a desenvolver aqui também acontece em vários outros locais - cada um com suas especificidades, claro, mas a essência é a mesma.

O coletivismo e os valores que constituem o Circuito Fora do Eixo foram exaltados e a partir das  nossas próprias vivências e experimentações, ainda melhor compreendidos durante essa semana que se passou. Nós, do Colcheia, pudemos perceber que estamos participando de algo muito maior, que traz consigo uma série de valores que todos queremos para a vida. Queremos participar e contribuir cada vez mais para o Circuito Fora do Eixo, seguir suas diretrizes e valorizar o cenário cultural atual, com sua nova roupagem estimulada e trabalhada pelo circuito.
Outra experiência fantástica da qual participamos foi o Festival Transborda, no qual vimos um show de competência e responsabilidade. O Coletivo Pegada, com uma "moçada" jovem mas ao mesmo tempo super responsável e capaz proporcionou a Belo Horizonte um evento nunca visto, um festival de música independente que em 3 dias conseguiu reunir mais de 15 mil pessoas na Praça da Estação e outros locais. E uma das nossas maiores satisfações foi ter participado do "mão na massa" do processo de produção, como por exemplo,  a participação da Raíssa na cobertura colaborativa do evento - textos e fotos foram postados logo após cada um dos 31 shows no site do festival, além da transmissão ao vivo de áudio e vídeo pela Web Rádio e Web TV FDE e a gravação de material para o documentário do Transborda - e do Marcão como assistente de palco, proporcionando uma dinamicidade aos shows, pois um show acabava e logo em seguida o outro começava no palco ao lado.  

Isso tudo foi muito importante para a capacitação dos agentes produtores do Colcheia aprenderem com quem já tem experiência e se empoderar daquele serviço, dando o melhor de si e fazendo parte do processo

 



E não foi só o Colcheia entrou na onda e ajudou. Pessoas de quase todos os coletivos assumiram responsabilidades dentro do festival, ajudando no que era preciso, estando sempre pronto para o que der e vier, aliviando um pouco da carga que assolava os pegadas. Isso sim é trabalho coletivo!


Enfim, a semana foi produtiva (e também muito diveritda!) e a participação do Colcheia nesses dois eventos imprescindíveis para o circuito e para a capacitação de agentes da cultura foi um grande aprendizado. Os dias de "imersão" e troca com os intregrantes dos outros 16 coletivos mineiros presentes deu ainda mais ânimo e motivação para continuar mos desenvolvendo o trabalho coletivo em Sete Lagoas.

Agora é botar em prática as experiências que adquirimos em uma semana intensa e esperar o Congreso Nacional em Urbelândia, junto com o já tradicionalíssimo Festival Jambolada.
Vamo que vamo!!!



Por: Raíssa Galvão

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