quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Rock no cardápio da Ceia de Natal


Para quem pensa que a noite de Natal vai muito além da ceia e do amigo oculto, o Opinião Pub é uma ótima alternativa na virada do dia 24 para o dia 25 de dezembro. Já na sua terceira edição, o bar promove a tradicional festa Pós-Ceia, com a banda mais rock n’roll da cidade, Ganga Bruta, em uma noite que promete acabar só depois do sol raiar. Enquanto Papai Noel não vem, você não vai ficar em casa parado esperando a chegada do velho barbudo. Ou vai?
Em noite especial, um repertório mais do que especial. A Ganga Bruta selecionou uma lista de músicas que incluem clássicos do rock. Não vai faltar Beatles, Rolling Stones, Jimi Hendrix, Mutantes, Barão Vermelho, dentre outros nomes conhecidos por todos. “Realmente preparamos um repertório especial, prá todo mundo curtir do início ao fim”, garante André Bigode, vocalista da banda. É a energia do rock que faltava no seu cardápio da ceia de Natal.
Com dois discos lançados, Eletrolíticos (2008) e O Terceiro Lado da Moeda (2010), a banda também vai trazer no repertório algumas de suas músicas conhecidas. “Mesmo sendo uma noite diferente, não podemos deixar de tocar nossas músicas”, observa Bigode. Este ano, a Ganga Bruta definitivamente extrapolou os limites da cidade, e participou de diversos festivais de música independente. Só no segundo semestre passaram pelo Alambique do Rock, em Barbacena, Gramophone em Sete Lagoas, Marreco em Patos de Minas e La Onda em Vespasiano, todos dentro do calendário do Circuito Mineiro de Festivais Independentes, promovido pelo Fora do Eixo Minas, além de se apresentar em Noites Fora do Eixo em Ribeirão das Neves e Lavras. Em todos esses shows, o repertório foi exclusivamente de músicas próprias. “É muito legal viajar prá tocar só nossas músicas, e ver que tem um pessoal que está reconhecendo nosso trabalho. Realmente é gratificante”, avalia o vocalista.
Ganga Bruta na festa Pós-Ceia do Opinião Pub. É muito mais rock n’roll na sua noite de Natal

Serviço:
3a Festa Pós-Ceia
Local: Opinião Pub
Na virada do dia 24 para 25, a partir da 1h
Com a banda Ganga Bruta

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Festival La Onda




    Evento coloca Vespasiano na rota dos grandes festivais mineiros com atrações de rock, hip hop,
samba, metal e música eletrônica.

“A onda anda aonde anda a onda?” Quando o poeta Manuel Bandeira escreveu estas palavras neste movimento de “vai e vem”, mal sabia que a resposta se encaixaria perfeitamente em Vespasiano, longe do mar. E são nas ondas sonoras que surge o Festival musical La Onda, organizado pelo Coletivo Vatos, ligado ao Fora do Eixo Minas. O evento realizado nos dias 20, 21 de Dezembro, no Clube do Funil (Praça JK), 18h, tem o intuito de colocar de vez Vespasiano na rota cultural da região metropolitana e fomentar a interatividade entre artistas locais e de outras partes de Minas Gerais.
Serão 2 dias de festival, com 11 bandas importantes do cenário mineiro e brasileiro e uma dupla eletrônica vinda da Espanha. É importante frisar que o “La Onda”, além do entretenimento, tem o objetivo de integrar o público e artistas de Vespasiano sobre as possibilidades oferecidas pelo Circuito Fora do Eixo através do encontro de artistas e agentes culturais nos dias do evento. Outro ponto interessante é o conceito social e ambiental do “La Onda”. A entrada acontece com doações de 1kg de alimento não perecível ou doação de brinquedos. Além disso, o evento firmou parceria com as empresas Assis Metais e Coorpervesp responsáveis pelo recolhimento e reciclagem de todo lixo produzido no festival.
O nome “La Onda” é em homenagem ao movimento “La Onda Mexicana”, 1970, que indicava uma nova efervescência na esfera artística dentro do país. A interatividade musical entre mexicanos e estrangeiros influenciada pelos movimentos políticos resultou no Woodstock Mexicano ,“Avándaro”, e revolucionou a cultura dentro do México. O Coletivo Vatos acredita que é o momento de transformar o panorama da arte local e apresentar novas opções para o público tão carente de iniciativas culturais na cidade.
É importante lembrar que o “La Onda” faz parte do 1º Circuito Mineiro de Festivais Independentes (CMFI), organizado pelo Fora do Eixo Minas. De março a dezembro de 2010 foram ou serão realizados 15 festivais em diversas partes do estado de Minas Gerais, sempre organizados pelos coletivos culturais de cada cidade mineira. O evento conta com o apoio da prefeitura de Vespasiano,(Secretária de Cultura, Lazer e Esportes) e de parceiros importantes como Social Brasil, Circuito Fora do Eixo, Toque no Brasil, entre outros.
O Coletivo Vatos é um dos responsáveis por disseminar a cultura e arte na cidade de Vespasiano. Formado há 3 anos por agentes culturais e profissionais das diversas áreas da comunicação, o coletivo faz parte do Circuito Fora do Eixo, rede social que tem como meta buscar soluções para o mercado cultural através da economia solidária, troca de tecnologias, produtos e circulação de artistas. Dentro das ações do Vatos em Vespasiano está o Grito Rock (Maior Festival Itinerante da América Latina), as Noites Fora do Eixo e o Festival “Arena Livre” que reuniu grandes nomes da música autoral como Cinco Rios, Julgamento, Ricardo Koctus, Carolina Diz, entre outros.

 

Serviço:

O que: LA ONDA
Local: Funil Clube - Praça JK - Centro - Vespasiano MG
Quando: 20 (Segunda) e 21 (terça) de dezembro a partir das 18 horas
Entrada: Doação voluntária de 1kg de alimento ou Roupa ou Brinquedo. Revertida para a COOPERVES

Programação:
Artistas: 20 de Dezembro
KONKEN (VESPASIANO)
A banda KONKEM surgiu do encontro de músicos com estilos e características próprias com o propósito de compor canções verdadeiras e sinceras através das diversidades musicais. A banda apresenta um estilo próprio criado pelas diversas influências contidas em cada integrante, criando assim um misto de rock swingado, funk e hip-hop. A banda também foi destaque do programa Rockambole, na Rádio 98 FM de Belo Horizonte. Além disso, a banda teve o privilégio de estar entre as 24 atrações do estado de Minas Gerais na categoria pop rock do 1º Guia dos Músicos de 2008 . Com o álbum 10 Adeias, konkem é destaque no portal oinovosom da rádio OiFM. 

ELEPHAS (LAVRAS-MG)
Desde 2003 na estrada, Elephas vem seguindo seu caminho dentro do cenário alternativo do Rock Mineiro; sendo uma banda do interior, a correria é bem maior, mesmo assim, os caras continuam na batalha e levam seu Rock Positivo pra todos os lugares possíveis. O som da banda faz uma boa mistura do rock contemporâneo com o clássico, boas letras, muita energia e boa dinâmica no palco.  Depois da boa aceitação de seu CD demo “O quanto antes...” a banda lançou seu novo EP com 6 canções, gravado durante a segunda metade de 2007, intitulado “Depois do Silêncio”.

NU THEORY (VESPASIANO)
Nu Theory é uma banda de metal que tem como centro de seus arranjos e letras, colocar em evidência questões sociais e políticas. Um som pesado que recorda as raízes do metal com batidas que mencionam o estilo brasileiro. Em 2009, lançou sua primeira DEMO oficial intitulada “Virus” que teve uma boa repercussão entre a população metal de Belo Horizonte que pode ser confirmado nos shows de lançamento na região. Hoje, a banda tem como objetivo expandir seu trabalho não só para todo o Brasil, mas também para onde seu som consiga chegar na busca de representar o país internacionalmente.

GANGA BRUTA (SETE LAGOAS)
Ganga Bruta nasceu em julho de 2007. O objetivo é mostrar o rock na sua essência, enraizado no blues, mas sem deixar de lado a energia característica do estilo. No primeiro CD da banda, entitulado Eletrolíticos, antigo nome da Ganga Bruta, as composições trazem crítica social de forma despojada e até influências de Guimarães Rosa misturado com Led Zeppelin, como na canção Sertão. Em 2010, a Ganga Bruta chega ao seu segundo disco ainda apontando para as mazelas da sociedade de forma sarcástica. O disco traz também uma homenagem feita aos Irmãos Piriás, lenda da região (Sete Lagoas), que injustamente foram perseguidos pela polícia, mas antes de serem mortos, humilharam um batalhão inteiro.

BABI JAQUES E OS SICILIANOS (RECIFE - PE)
Bem ao estilo Don Corleone, "Babi Jaques e Os Sicilianos" mostram uma sonoridade com influências do blues e do rock. Formada há apenas um ano, a irmã caçula da “Máfia Siciliana”, Babi Jaques, é a vocalista acompanhada por um power trio talentoso (Guitarra, baixo, e bateria). Com um pé no Indy Rock e referências do Rock 80, a banda não se perde nos modismos e referências explícitas tanto é que flerta muito bem com grooves e outros improvisos

21 de Dezembro
OMERA (VESPASIANO)
Músicas que possam não só ser meramente ouvidas, muito mais do que isso! Que tenham como principal foco, acrescentar novos pontos de vista sobre os assuntos que nos norteiam no dia-a-dia. Isto é o Oméra! Atitude, Música e Rock! Formada em maio 2008, a banda com Léo (voz/guitarra), Rafa (voz/guitarra), Niel (voz/baixo), Paulista (Sampler/Programações) e Lele (bateria).Atualmente a banda apresenta em seus shows músicas de sua primeira demo auto intitulada 'Oméra'.

FESTEINKOIS (BELO HORIZONTE)
Formado em 2008, FESTENKOIS é o resultado do encontro de quatro músicos da cena underground de Belo Horizonte e que estão ativos desde meados dos anos 90.Com formação clássica, letras em inglês e arranjos variados, apresenta uma nova abordagem para o rock pesado, inspirado por várias influências que vão do rock experimental até o punk rock. Tem como proposta temas poéticos com conotações político-sociais e sair de qualquer obviedade com composições de livre arquitetura.

NSISTA (BARCELONA - ESP)
Nascidas no Brasil, a dupla de irmãs Nsista moram na Espanha desde 2000 e mostram um som que mistura elementos eletrônicos e orgânicos, com intervenções percussivas misturadas a samplers programados, tudo isso, feito ao vivo. No Nsista, Marise Cardoso, a Djiiva, faz as os sons eletrônicos e Amarilis V é a vocalista e instrumentista. O som da dupla apresenta muitas referências da música brasileira e desde 2004 circula em vários países do velho continente. Festivais e salas na França, Alemanha, Portugal já receberam o som inusitado da dupla eletrônica que divulga pela primeira vez sua sonoridade em solo tupiniquim!  
4INSTRUMENTAL (SABARÁ)
O 4instrumental nasceu em 2008 na histórica cidade de Sabará (MG) e se tornou rapidamente o maior nome da música local. Com influências que vão da música brasileira ao rock inglês contemporâneo, a banda tem se destacado pelo som expressivo e pela habilidade técnica de seus integrantes. Apesar do curto tempo de carreira, o 4instrumental já fez shows junto de artistas como Uakti, o ícone heavy metal Sepultura e a elogiada banda instrumental cuiabana Macaco Bong, entre outros. Em 2009 o grupo foi apontado pelo coletivo cultural Pegada (BH) como dono do melhor show em Minas Gerais e mesmo sendo de Sabará foi a sexta banda mais citada pelo público em eleição do site Mixsórdia, que apontou as melhores da capital mineira no ano.

SAMBA DE LUIZ (BELO HORIZONTE) 
O Samba de Luíz é um trio que tem uma proposta bem particular dentro do cenário do Samba que é, segundo a própria banda, "fundir o samba com a raiz nordestina, fazendo misturas inteligentes e ousadas de xaxados, baiões, rojões e sambas nordestinos, além de fazer releituras de sambas já consagrados."O tal do Luiz que está no nome da banda é nada mais nada menos que Luiz Gonzaga, uma referência à escola musical de origem dos três integrantes da banda.

ZIMUN (BELO HORIZONTE)
Zimun é um encontro entre talentos de várias vertentes. O Hip Hop, a tecnologia e a música acústica compõe uma ambiência onde fluem poesias sonoras e verbais que capturam a atenção pela forma em que convergem entre si harmonicamente. A expectativa é de sensibilizar a escuta para outras nuances do RAP que se distanciam das produções contemporâneas mais populares. O primeiro EP do grupo se chamará “Alcançando o céu com os pés no chão” e será lançado ainda em 2010, pelo selo Serrassônica

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

FEIRA MÚSICA BRASIL - a música em todas as vertentes!

FEIRA MÚSICA BRASIL. O nome já diz tudo - uma Feira que aborda a música brasileira em todas as suas vertentes. Para quem produz, ouve e gosta de música, esse era o slogan. E foi isso que se viu durante os dias e noites na Funarte: gente de todo mundo com um único interesse em comum, A MÚSICA.


A extensa programação de shows, 99 por toda BH, chamou a atenção do grande público e conseguiu abranger todos os estilos, desde o resgate cultural das Meninas de Sinhá até o rock do Camarones Orquesta Guitarrística passando por grandes nomes como Gilberto Gil e Andreas Kisser e convidados que tocou de Sepultura a Bruno e Marrone (show de gosto duvidoso por sinal).

Mas nem só de shows foi feita a feira. Dentre a programação houveram palestras, oficinas, debates, stands, paineis, rodadas de negócios e mostras de cinema. Dentre esses, o ponto alto foram as rodadas nacionais e internacionais de negócios, que contaram com mais de 400 pessoas participando por dia. O sistema reuniu em uma sala agentes da cadeia produtiva da música brasileira e estrangeiros interessados para firmarem parcerias e fecharem contratos. Interessante pra quem toca e pra quem produz.
Com o stand mais movimentado da feira, o Fora do Eixo, as Casas Associadas, a Abrafin e o Toque no Brasil foram muito bem representados e conseguiram êxito na divulgação do trabalho que vêm desenvolvendo. Conseguimos atrair a atenção de todos com a grande quantidade de material disponível e os Observatórios que rolaram, onde vários convidados se revezavam para falar de temas referentes à Feira, como a rodada de negócios, parcerias locais e internacionais, a importância da Feira para bandas autogestionadas e balanços de cada dia.
Além de conversas com festivais e produtores dos Estados Unidos e da Inglaterra, houve também uma aproximação muito importante com os embajadores da América Latina e Central. Tal aproximação vai possibilitar uma expansão do modo de trabalhar e de pensar do Fora do Eixo. Em 2011, por exemplo, o Grito Rock já vai acontecer em outros países e a tendência agora é só expandir.




terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Faça sua cidade gritar também!

Grito Rock procura produtores para edição 2011


Ação do Circuito Fora do Eixo realizará o maior festival colaborativo da América Latina, 
ultrapassando a marca das 80 cidades

O Circuito Fora do Eixo lança a Campanha Faça sua cidade gritar também! Promova o maior festival integrado da América Latina”, voltada à conexão de mais produtores para o desenvolvimento criativo da edição em diferentes cidades da América Latina. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas online entre 26 de Novembro e 11  de Dezembro.
O Grito Rock é um festival que acontece durante o Carnaval em várias cidades simultâneamente, com o foco na promoção de artistas independentes. Em 2011, o festival acontecerá de 25 de Fevereiro a 28  de março.
O projeto conectou em 2010 mais de 80 pontos, apresentou 500 bandas independentes, gerou a série Grito Doc - documentário colaborativo com 17 episódios distribuídos semanalmente pela Internet, e ainda desenvolveu as Campanhas Hospedagem Solidária e Transmita o seu Grito, ampliando ainda mais o seu público, que foi em torno de 50 mil pessoas espalhadas por todo o país.
Para a nona edição, a continuidade das campanhas já implantadas se fazem presentes, com a inserção de mais pontos produtores e mais cidades, inclusive espalhadas por toda América Latina, formando assim uma grande teia de trocas solidárias e conhecimento em prol da produção do maior festival em rede do mundo!
Os produtores selecionados contarão, a partir de dezembro de 2010, com a plataforma Toque no Brasil para facilitar a curadoria do seu Grito Rock, bastando a criação do seu perfil e a disponibilização de seu evento no TNB para os artistas se inscreverem. 

Para participar é simples, basta ler o regulamento, preencher o formulário e estar disposto a integrar a Equipe do Projeto. Mais informações no site gritorock.com.br .

Legal não? Aqui em Sete Lagoas o Coletivo Colcheia já está preparando um super evento. Então se você está aí... desanimado... pensando em como sua cidade não tem eventos bacanas... desacomode, junte-se a nós e faça um Grito Rock aí na sua cidade também!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Música, dança, registro e lembrança - pra dar e vender!


Uma noite e tanto! Sai de casa pensando: “Hoje promete!” e não deu outra. Assim foi a última Noite Fora do Eixo do ano, que, entre outras alegrias, comemorava o encerramento das atividades de 2010 do Coletivo Colcheia, minha recente família.
Minutos atrasado, cheguei no Opinião Pub com a banda Maria Melodia começando a tocar. E que show! Do meu canto, câmera na mão e REC neles – não poderia perder aquele repertório recheado de músicas como “Canção da Obra”, que há um bom tempo não tocavam em seus shows.  Dito e feito: pedrada sonora da banda! som estrondoso da caixa do das Trevas! – só pra tentar ilustrar o que é o som dessa banda.  Da mesma forma que o Colcheia, a banda também fechou o ano de atividades – sempre marcada de muita luta e muito trabalho -, com chave de ouro. Fizeram bonito!

Seguindo noite adentro, a turma do ska – a banda Pequena Morte – dominou o palco e o público. Eles que, cá pra nós, são “pequena” e de “morte” só no nome, porque quem ficar parado com o som dessa grande banda, me desculpem, deve estar morto mesmo. O som da banda Pequena Morte é contagiante. Não tem como ficar sem balançar as pernas e o que rolou foi mesmo uma galera atrás de mim dançando a ponto de fazer até trenzinho... e eu, claro, REC neles, não deixando nada passar no registro da segunda apresentação da banda em nossa cidade. Foi um show no palco e um Opinião afora, pois como gosta de dizer Marcão Avellar: “O show da banda Pequena Morte faz até marmanjos barbudos dançarem!” Passado o show, a carapuça serve em todos nós.






Desejamos que mais do que registros em fotos ou vídeos, fiquem a todos as boas lembranças daquela noite!





 Texto: Vleydson

sábado, 11 de dezembro de 2010

#FAÇAMOSJUNTOS!


Desde o início de sua organização, no início de 2010, o Colcheia vinha cortejando, especulando e querendo conhecer mais de perto a Lei de Incentivo à Cultura e o Fundo Municipal de Cultura de Sete Lagoas. Há cerca de dois meses, chegando à conclusão que para avançarmos deveríamos extrapolar e compartilhar as tais conversas, até então informais, para outras pessoas que, melhor do que nós, compreendessem o assunto, surgiu a idéia de buscarmos apoio do vereador Dalton Andrade para, juntos, promovermos um debate que abordasse o tema.
 Assim, através da parceria entre o Coletivo Colcheia, realizando o primeiro Observatório Fora do Eixo em Sete Lagoas, e o Projeto Viva Voz, produzido pelo gabinete do vereador Dalton, promoveu-se o debate “Novas formas e meios de fazer cultura”, que na última segunda-feira reuniu cerca de 60 pessoas no Museu do Ferroviário.
Para compor a mesa de discussão foram convidados: Fredy Antoniazzi, Secretário de Comunicação e Cultura, Talles Lopes, um dos fundadores do Circuito Fora do Eixo e coordenador de planejamento do Espaço Goma e Alan Keller, Secretário Adjunto de Cultura.
Questões jurídicas da lei, como a necessidade de reformulações para que ela possa ser realmente (e finalmente!) regulamentada, foram abordadas (para outros detalhes do que foi abordado leia  aqui e aqui) e, em termos práticos, ficou claro que se Conselho Municipal de Cultura, artistas e produtores culturais interessados, ou seja NÓS!, realmente quisermos que a Lei Municipal de Incentivo à Cultura e o Fundo Municipal de Cultura saiam do papel e virem realidade para a cultura setelagoana, teremos que nos engajar numa articulação para elaborar uma nova proposta de lei para ser colocada em discussão com a Secretaria Municipal de Cultura e, então, ser encaminhada pelo prefeito para votação na Câmara dos Vereadores. Caso contrário, tudo continuará parado no tempo e daqui alguns anos estaremos novamente fazendo um debate para trazer, mais uma vez, o assunto à tona.
Parece muito? Soa difícil? Não para as cerca de 40 pessoas que permaneceram no Museu até as 23h de uma segunda-feira. E isso foi uma das coisas que nos chamou a atenção – entre antigos rancores, divergências políticas e sapos historicamente engolidos, há uma série de pontos de convergência e há muita gente a fim de desacomodar e fazer o que estiver ao alcance da classe artística para que a cultura siga por novos rumos. 
E é a imprescindibilidade de uma maior articulação e mobilização da nossa classe, - artistas, produtores e interessados em geral  - que gostaríamos ressaltar neste post. Só reclamar, apontar erros e cobrar é mais fácil que fazer. Fato. Mas também dá menos resultado. Se soubermos aproveitar o momento para (re)construirmos uma união entre nós e conseguirmos pensar e agir juntos, nossas chances de alcançarmos o objetivo de termos nos próximos anos editais claros, transparentes e democráticos que promovam a sustentabilidade dos grupos e artistas locais aumenta. 
Fazer cultura - é isso que todos nós queremos. Fato. E com o Circuito Fora do Eixo temos aprendido e vivido que a saída é o “Do it together”, o “Façamos juntos!”, O trabalho tem que ser colaborativo e não competitivo,  coletivo e não individual.
Para darmos início então a esta mobilização, foi criado um fórum online onde os presentes no debate e os demais interessados em contribuir neste momento de articulação e reformulação da lei poderão participar. Esse será um espaço público e, se bem utilizado, teremos nas mãos uma grande ferramenta para nos aproximarmos, nos conhecermos e, assim, fortalecermos as articulações em torno dos próximos passos a serem dados rumo a consolidação de uma política cultural para nossa cidade.
Está disposto a desacomodar e partir pra guerrilha conosco? Guerrilha? É... guerrilha sim, porque para conseguirmos chegar onde queremos não será simples, não será rápido,  alguns vão tentar atrapalhar e teremos que insistir no estudo e na reformulação da lei. Mas ok... desafio é isso... somos muitos, somos competentes, temos diversas pessoas cheias de experiência para compartilhar e, pelo menos nós do Colcheia, estamos otimistas e estimulados! Foi convencido que precisamos de todos e sentiu vontade de se juntar a nós? Mande um email para colcheia@setelagoas.com.br e solicite a sua inclusão no grupo.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Noite Fora do Eixo de Dezembro 2010


"Vai ter uma festa que eu vou dançar até o sapato pedir pra parar:
aí eu páro, tiro o sapato e danço o resto da vida"
(CHACAL)

2010 foi um ano histórico - o Colcheia nasceu, cresceu, amadureceu... - e agora, nada mais justo que encerrar as atividades do ano comemorando em grande estilo!

Para tal, teremos no próximo sábado, dia 11/12, o último evento do Colcheia em 2010 - a nossa já tradicional NOITE FORA DO EIXO mensal, que neste mês traz de volta aos palcos setelagoanos duas bandas que marcaram presença e fizeram bonito no Festival Gramophone: a banda local Maria Melodia e a convidada Pequena Morte. 

Pequena Morte no Festival Gramophone
Quando passou por aqui na sexta-feira de abertura do Festival Gramophone, a banda Pequena Morte impressionou pela vibração e energia. No release da banda, eles dizem que "Pequena Morte é prazer. Por parte dos músicos, uma festividade sonora surgida do encontro de pessoas dispostas a celebrar a vida. Por parte do público, uma vibração regada a suor, com pessoas convencidas a gastar a sola do sapato se divertindo como a música sugere". E a gente assina embaixo porque já vimos isso tudo aí com os próprios olhos (e porque não dizer que já sentimos nas solas dos sapatos tb!). No show que fizeram aqui em Setembro, o clima de festividade contagiou tanto que botou até mesmo marmanjos barbudos e meninas tímidas pra dançar o show inteiro.
Maria Melodia no Festival Gramophone
Dentre as bandas autorais e independentes existentes na cidade hoje, Maria Melodia é uma das mais antigas e que possui maior quantidade de público. Quem já conhece a banda sabe que Maria Melodia tem um estilo e identidade próprios, com letras politizadas e críticas. Eles vem divulgando o lançamento de um novo CD, que parece já estar gravado e aguardando alguma finalização da arte etc e tal.

Então é isso pessoal... você que conheceu (e gostou! rs) do Colcheia nesse ano, esteja lá para comemorar conosco!

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NOITE FORA DO EIXO DE ENCERRAMENTO DO ANO
Sábado, dia 11/12, a partir das 22h no Opinião Pub
Shows com Pequena Morte e Maria Melodia
Entrada: 10 reais masculino, 8 reais feminino (off para as 20 primeiras mulheres)



terça-feira, 30 de novembro de 2010

OBSERVATÓRIO FORA DO EIXO E VIVA VOZ, APRESENTAM: Novas Formas e meios de fazer CULTURA.



 
Por uma cultura mais democrática

Não se vive só de arte. O artista, aquele ser que muitas vezes é pouco compreendido pela sociedade, precisa obviamente, como todos, sobreviver. Em meio a uma crise geral da arte contemporânea com a multiplicidade de linguagens, o artista ainda precisa buscar formas de ter uma renda – não são raras as vezes que ele trabalha como professor ou instrutor de oficinas. Mas há outros caminhos para que este artista realize seu maior sonho - viver de sua própria arte. Nos últimos anos, as leis de incentivo à cultura vieram para substituir o papel de mecenas, aquele pai que adotava um artista em troca de suas obras de arte.
Em Sete Lagoas, a Lei Municipal de Incentivo à Cultura foi aprovada e sancionada em 1998, ou seja, 12 anos atrás, da mesma forma que o Fundo Municipal de Cultura existe há 17 anos. Ambos, no entanto, nunca saíram do papel efetivamente e não cumprem, desta forma, seu papel de incentivadores culturais.
Com o objetivo de levantar a discussão sobre o tema, o Coletivo Colcheia e o vereador Dalton Andrade promovem em conjunto no dia 06 de dezembro, no Museu do Ferroviário, uma mesa de discussão com o tema “Novas formas e meios de fazer cultura”.
Para abordar o assunto, foram convidados o Secretário de Cultura de Sete Lagoas, Fred Antoniazzi, que vai tratar da realidade local, e um dos mentores da rede nacional Fora do Eixo, Talles Lopes, de Uberlândia, que tem uma vasta experiência com políticas públicas de cultura a ser compartilhada.
A expectativa geral com este encontro é que a partir do debate as leis municipais de fato passem a financiar projetos culturais de artistas e grupos de Sete Lagoas, tendo como base tanto a doação de empresas e pessoas físicas ao Fundo Municipal de Cultura quanto o patrocínio via a dedução do ISS (Imposto sobre Serviços) por contribuintes que optem por apoiar iniciativas culturais ao invés de recolher o imposto diretamente aos cofres públicos.


Serviço:
Observatório Fora do Eixo e Projeto Viva Voz apresentam:
Novas Formas e meios de fazer cultura
Dia 06/12, segunda-feira, às 19h30
Museu  do Ferróviário

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Agenda de Dezembro

Um ano tão importante como foi 2010 para nós - nascemos, crescemos e reproduzimos!  - não poderia terminar de outra forma que não com um mês de Dezembro agitado e cercado de pessoas que foram tão importantes para nós.
www.festivalmarreco2010.blogspot.com
O mês começa com a viagem do Colcheia para Patos de Minas, nos dias 03, 04 e 05, para participar do Festival Marreco. O Marreco é produção do Coletivo Peleja. Visite o blog e veja a programação completa, que terá direito a, entre outras bandas, Móveis Colonias de Acaju, 4instrumental, Manolos Funk, Vandaluz e nossa banda de casa Ganga Bruta. 
Chegamos de Patos de Minas no domingo e já na segunda à noite teremos Observatório Fora do Eixo + Projeto Viva Voz promovendo um debate sobre Fundo Municipal de Cultura e Lei de Incentivo à Cultura com Talles Lopes (Movimento Goma / Circuito Fora do Eixo) e Fred Antoniazzi (Secretário de Municipal de Cultura) - discussão fundamental para o cenário cultural setelagoano que há alguns meses temos amadurecido dentro do coletivo e agora temos o prazer de organizar este primeiro Observatório Fora do Eixo em Sete Lagoas e, juntamente com o Projeto Viva Voz, extrapolar o debate com toda a classe artística da cidade. 
Na quarta-feira dia 8 até o domingo dia 12 acontece em BH a Feira Música Brasil, um dos maiores acontecimento de música do país e que tem como objetivo estimular novos talentos, fortalecer o setor musical e fomentar novos negócios a partir da música. O Colcheia, juntamente com o Circuito Fora do Eixo, estará por lá durante todo o evento. Acesse a programação completa em www.feiramusicabrasil.com.br
No sábado dia 11 teremos Noite Fora do Eixo com Maria Melodia (www.myspace.com/mariamelodia) e Pequena Morte (www.myspace.com/pequenamorte) - duas bandas que se apresentaram no Festival Gramophone em setembro e que voltam para encerrar as Noites Fora do Eixo de 2010 em grande estilo. Com programação ainda a ser definida, no dia 15, quarta-feira, será a vez do CinEbar fazer seu encerramento do ano. 
No final de semana seguinte, 17, 18 e 19,  partimos para Vespasiano para prestigiar o Festival La Onda, dos amigos do Coletivo Vatos. Aguarde a confirmação da programação em http://vatoscoletivo.blogspot.com/
E para fechar com chave de ouro este ano de 2010, a "Família Colcheia" se reune no já tradicional Pós-ceia no Opinião com a banda Ganga Bruta a partir de 01h30 do dia 25.

E aí, tá dentro? 
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03, 04 e 05 - Festival Marreco (Patos de Minas)
06 - Observatório Fora do Eixo + Projeto Viva Voz
8 a 12 - Feira Música Brasil em BH
11 - Noite Fora do Eixo 15 - CinEbar
17, 18 e 19 - Festival La Onda (Vespasiano)
25 - Pós-ceia no Opinião com Ganga Bruta

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Em fotos e sentimentos

Marcelo Miranda fotografado por seu amigo Marco Túlio Brant


Coisas que eu amo - esse é o tema da primeira exposição fotográfica de Marcelo Alves Miranda, fotógrafo que, além de outros trabalhos, faz parte da equipe do Colcheia. "Fotografo o que gosto, por amor e por prazer" diz ele. E o resultado não podia ser outro: o acervo está repleto de fotografias de momentos especiais, objetos interessantes, paisagens que merecem registro, tudo impregnado de um caráter bem pessoal.

Foto do show da Aline Calixto, em Sete Lagoas, durante a Festa Literata.
O lançamento da exposição será neste domingo, 28, no Restaurante Frigideira - localizado na pracinha do Canaan - e já tem propostas para continuar em outros espaços da cidade. Nesta exposição o público poderá apreciar registros do congado (patrimônio cultural), música (Festival Gramophone), Serra de Santa Helena, pôr do sol, flores e poemas que o levaram a fazer algumas imagens.


Se isso tudo não bastasse, também farão parte do acervo algumas fotografias que contam com a tecnologia da lomografia, técnica que permite a captação de âgulos diferentes e dá uma outra visão ou perspectiva sobre o assunto a ser fotografado.
Segundo Marcelo, as câmeras LOMO são russas, analógicas e com preço acessível. Aqui no Brasil são vendidas apenas numa loja no Rio de Janeiro. Ele, que demonstrou ser fascinado com essa técnica, nos deu algumas dicas e compartilhamos aqui com vocês.

Primeira foto tirada pelo Marcelo com uma câmera LOMO (fisheye 2).
10 regras básicas da lomografia:

1. Leva a tua Lomo onde quer que vás;
2. Fotografa a qualquer hora do dia ou da noite;
3. A Lomografia não interfere na tua vida, é parte dela;
4. Aproxima-te o mais possível do objecto a ser fotografado;
5. Não olhes pelo visor;
6. Não penses;
7. Sê rápido;
8. Não precisas saber com antecedência o que fotografaste;
9. Nem depois;
10. Não te preocupes com quaisquer regras.

O Marcelo faz questão de frisar o quanto as lomografias são um charme. Objetos comuns ganham encanto e detalhes que em outras situações passariam despercebidos se tornam visíveis. Ele acrescenta ainda que as lomografias são também caracterizadas por misteriosas vinhetas, vazamentos, grãos lo-fi, lindos borrões e um mágico equilíbrio entre contraste e saturação... só para dizer algumas.

Para saber mais sobre o movimento dê uma pesquisada no nosso amigo e oráculo google ou compareça à exposição no domingo e bata um papo com o Marcelo.


Está feito o convite! Visite a exposição e depois venha nos contar suas impressões!